Abunã e Riachuelo
Pastor Jairo Barros chegou a Porto Velho em julho de 1989, e já encontrou um povo servindo ao Senhor. Engenheiro Mecânico, ele veio de Uberlândia-MG, com a esposa Eliane Maia Barros e os filhos Jairo Filho e Sarah, aprovado em concurso para
trabalhar na Eletronorte. A promessa de Deus era de que passaria pouco tempo no
estado e assim aconteceu, três anos e meio depois foi transferido para Brasília.
Recebeu a igreja do
pastor Vitor Brito, que incansável vinha de Niterói – RJ, a Porto Velho e
Manaus para dar assistência. O imóvel da ICM Abunã foi adquirido ainda no
ministério do pastor Vitor, mas a autorização para a construção aconteceu já
com Jairo.
Para funcionar na construção de madeira, os irmãos fizeram
algumas adaptações. Com um compensado foi feita uma divisória, liberando um
pequeno espaço, onde, de pé os irmãos faziam o culto profético, isso em 1989. Depois
foi construída uma edícula em alvenaria nos fundos, onde além do culto
profético, teve início o ensino de crianças e jovens, mas por pouco tempo, porque em
seguida veio a autorização para a construção do templo e fomos nos reunir em um
salão alugado na rua Riachuelo, bem no Centro de Porto Velho.
O local não era muito grande, mas ali alguns começaram a
compreender a grandiosidade da obra redentora de Deus, por meio de seu filho
Jesus. Certa manhã, em um culto da
Escola Bíblica Dominical, Deus falou individualmente com todos os presentes,
não poupou nenhum de nós. Imagina, Deus da sua eternidade se ocupando com cada
um dos mortais que naquele dia foi a sua casa? Para cada um, uma palavra, uma
esperança e um consolo. Aquele dia foi tremendo.
Lá na rua Riachuelo foi formada nosso primeiro “Projeto
Aprendiz”, é claro que não tinha esse nome pomposo, mas foi onde iniciamos a
primeira turma de flauta. Adultos, só a
professora Genilde e eu, que mesmo sem saber nada era a ajudante, e tinha como
função ver se a criançada estava segurando a flauta na posição correta e se mantinha a postura. Não demorou muito comprei minha própria flautinha e virei
aprendiz também.
Construída a igreja todos se envolveram no acabamento da obra. Aos sábados e domingos
estava todo mundo lá, se tivesse um feriado também. Lá aprendi mais uma lição
para a vida toda. Em um intervalo entre uma atividade e outra, parávamos para
conversar um pouco e certo dia, assentado no chão, o pastor Jairo tomou uma
esponja de aço na mão, para explicar que devíamos ter zelo com tudo na obra.
Ergueu a esponja e disse que muitos irmãos ofertavam ao Senhor o equivalente
àquela esponja, porque era tudo o que tinham e nós, ao manusearmos os objetos,
utensílios e materiais da casa de Deus, precisávamos ter zelo, demonstrando
assim amor pela oferta dos mais necessitados.
No dia 30 de novembro de 1991, finalmente o templo da ICM Abunã foi consagrado. Desde então, Deus
tem feito coisas extraordinárias naquele lugar.
Em dezembro do ano seguinte, já morando temporariamente em Brasília para tratamento de saúde, o pastor Jairo é oficialmente transferido pela empresa, mas continua assistindo Rondônia, até a ordenação do Pastor Clávio Tenório.
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Templo ICM Abunã |
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Prédio na rua Riachuelo, onde os irmãos congregaram durante a construção do templo |
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